Visão do AETSM
«Ao nivelar, ao fazer uma falsa democracia da mediocridade mata-se na criança a possibilidade de ultrapassar os seus limites sociais, domésticos, pessoais e até físicos.»
George Steiner, in: “Elogio da Transmissão”
Tudo o que o Agrupamento de Escolas de Trigal de Santa Maria deseja é não nivelar e, muito menos, pela mediocridade, porque a vida social exige e terá que continuamente exigir da Escola, das escolas do nosso Agrupamento, dois contributos essenciais: que os alunos possuam uma sólida formação de base e que sejam motivados para uma atitude cada vez mais atuante perante a sociedade, de forma a nela participarem e a nela projetarem a sua formação para o bem comum.
Para alcançar tais metas, urge aprofundar a formação pessoal e social dos alunos, exigindo-se uma cada vez maior articulação entre a Escola e a comunidade educativa. A Escola pode ser um local de “realização pessoal” da sociedade. A educação é o mecanismo privilegiado para a transmissão de valores éticos e cívicos, para a formação dos recursos humanos necessários ao desenvolvimento social.
Os valores da cultura, da ética e do humanismo são parte viva das comunidades e é nessas mesmas comunidades que os valores da educação se devem refletir.
Os princípios mais elementares da Pedagogia, da Psicologia e da Sociologia da Educação postulam a convergência e a cooperação.
É fundamental entender princípios e convergências: as famílias e os professores desempenham papéis convergentes, que devem ser partilhados, no processo educativo.
É fundamental ter consciência de realidades para enquadrar dúvidas e perspetivar soluções: as famílias sentem, com alguma frequência, que os professores são ciosos da sua liberdade de decisão e que não aceitam algumas intervenções por parte dos encarregados de educação, que passam a rotular como ingerências desmedidas; os professores queixam-se, com alguma frequência, das famílias pelo não acompanhamento do desempenho escolar e pela não orientação na ocupação útil dos tempos livres dos alunos.
É fundamental situar diálogos importantes, não renunciando a princípios, antes elucidando-os, abrindo-os à conversa: às escolas compete cooperar com os pais na educação dos filhos e não se substituir a eles; aos pais compete orientar a educação dos filhos, mas não a definição da política de ensino das escolas.
Quando temos crianças e jovens em constante interação numa alargada comunidade escolar – multifacetada e em multi-núcleos organizada –, o Agrupamento de Escolas, observamos como a personalidade se forma, como a identidade evolui, e percebe-se que a identidade é algo de construído, não é um dado absoluto. Há um elemento de vontade na criação da identidade, podem-se escolher certas coisas e rejeitar outras. E, portanto, a identidade pode mudar, se se tiver um motivo para tanto.
É a essência do ser humano.
As escolas são seres humanos! Como tal devem ser vistas e tratadas.
Promover a ESCOLA é torná-la competitiva e atraente. É garantir o FUTURO.
O passado fica para o próximo texto, que começará assim: os métodos flexíveis de manobra e de adequação são as táticas de um Agrupamento; o local de nascimento de pão, local de início de fermentação é o Trigal; Santa Maria de Vimieiro, mosteiro do século XII, talvez em terras de Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador.
José Miguel Vieira
(Professor no AETSM desde 01.09.1988)
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